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Ciclo de Conferências - Século XIX Revisitado

  • dinamiacetiul
  • 15 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de fev. de 2024


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Próximas conferências



5 de Março - 14h:30 | Auditório 4 - Iscte, Ed.1


ELIANA SOUSA SANTOS


Banister Fletcher: história da arquitectura por arquitectos/as

A sequência de edições do livro A History of Architecture de Banister Fletcher demonstram um século de transformação do campo da história da arquitectura. A primeira edição, com o subtítulo A Comparative Method, foi publicada em 1896. A vigésima segunda, e mais recente, edição com o título Sir Banister Fletcher’s Global History of Architecture (2019), conta com mais de 80 autores e pretende construir uma história da arquitectura global e detalhada.


Nota Biográfica

Eliana Sousa Santos é arquitecta, investigadora e docente. É licenciada em arquitectura pela Universidade de Lisboa (2001), mestre pela Universidade de Coimbra (2007) e doutorada pela Universidade de Londres (2010). O seu livro mais recente é Paisaje Pintoresco y estornos adequados (2023, ediciones asimétricas). É co-autora do livro Primavera Tardia: Uma Viagem Pela Memória e Paisagem do Japão (2021, Dafne), obra finalista dos prémios FAD 2022 na categoria Pensamento e Crítica. Foi a vencedora do Prémio Fernando Távora em 2017, e desde então tem publicado ensaios na imprensa. Foi comissária da exposição The Shape of Plain / A Forma Chã, apresentada no Museu Gulbenkian e projecto associado da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016. Foi 'visiting postdoctoral fellow' na Yale School of Architecture em 2013/14. É professora auxiliar convidada na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.


12 de Março - 14:30 | Auditório JJ Laginha - Iscte, Ed.1


ANA VAZ MILHEIRO


Brasil Pitoresco. Narrativas europeias sobre as cidades do novo mundo no século XIX

Esta conferência aborda o modo como viajantes ocidentais, procedentes do que hoje identificamos como Norte Global, olharam para as cidades brasileiras durante Oitocentos, o século que consolidou a independência da jovem nação sul-americana. Toma de empréstimo o álbum Brazil Pittoresco (1961), primeira edição fotográficas sobre o país, da autoria do jornalista Charles Ribeyrolles (1812-1860) e do fotografo Jean-Victor Frond (1821-1881). Foi apoiada pelo Imperador D. Pedro II visando projectar uma imagem progressista sobre o Brasil na exposição Universal de Londres de 1862. O recurso a este livro é somente ilustrativo, uma vez que o que se propõe aqui, é analisar as diversas “urbanidades” brasileiras lançadas por narrativas europeias. A apresentação divide-se em quatro partes, abrindo com uma breve introdução à origem de sublime e de pitoresco que medeiam o contacto com as paisagens construídas da época. As viagens referenciadas normalizaram-se com a instalação da corte portuguesa e a abertura internacional dos portos, em 1808, prosseguindo com a independência, pós 1822, e depois com a implantação da República (1889). Mesmo que “a vista palpitasse...o grande esforço”, admitia Ribeyrolles, era a “guerra ao desconhecido”, entendido como o que permanecia fora da racionalidade europeia. O Brasil urbano seria sem dúvida um desafio: “Há no mundo galeria mais rica...do que essa mistura de raças que traficam nos portos, nos mercados, nas praças públicas?” A partir de fontes variadas, como literatura de viagem, jornais, processos de obras e iconografia expõe-se a perplexidade causada pelas cidades brasileiras no que ofereciam de dissemelhante a estes observadores em trânsito.


Nota Biográfica

Investigadora Integrada do Dinâmia’cet-iscte e do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. Coordenadora de projectos de investigação financiados pela FCT (2009-2024) e pelo European Research Council (2024-2028). Ex-chair da Cost Action CA18137 (2019-2023). Investigadora-Visitante na Hebrew University of Jerusalem (2019-2020, Israel), Ghent University (2015-2016, Bélgica) e na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, (2018, Brasil), onde concluiu o PhD (2004), publicado como “A Construção do Brasil – Relações com a Cultura Arquitectónica Portuguesa” (Porto: FAUP Publicações, 2005). Em 2013, foi distinguida com o prémio de crítica e ensaísta de arte e arquitetura pela Secção Portuguesa da AICA/Fundação Carmona e Costa. Ex-Professora Associada. Leccionou história e teoria da arquitectura, entre 1994 e 2023, em instituições portuguesas como a Universidade Autónoma de Lisboa, Universidade de Évora, iscte-Instituto Universitário de Lisboa, e na Universidade de Lisboa. Foi Professora Visitante no Politecnico di Milano (ao abrigo no projecto Erasmus+) e na Escola da Cidade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, Brasil.


20 de Março - 14:30 | Auditório C1.04 - Iscte, Ed2


JÚLIA VARELA

Palacete Leitão: uma villa suburbana


O Palacete Leitão foi construído entre 1904 e 1909 no Alto do Parque Eduardo VII, segundo projecto de Nicola Bigaglia. Casa isolada sobre o lote, com amplos espaços abertos no seu entorno, o Palacete Leitão é um testemunho de um projecto de cidade traçado nos finais do século XIX, numa zona central de um núcleo urbano em expansão e que se constituía como o prolongamento natural da cidade consolidada, para Norte. Cruzando urbanismo, tipologia, arquitectura e ornamento, propõe-se uma leitura deste objecto enquadrando-o nos modelos da arquitectura doméstica tardo-oitocentista, em particular num novo modo de habitar doméstico e urbano: a villa suburbana. 


Nota Biográfica

Docente no Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa e investigadora do Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora (CAHIA-UÉ) e do Centro de Estudos de Arquitectura Cidade e Território da Universidade Autónoma de Lisboa (CEACT-UAL). Arquitecta pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), é actualmente doutoranda em História da Arte na Universidade de Évora, e tem em curso trabalho de investigação acerca da arquitectura doméstica em Portugal do final do século XIX e início de XX no âmbito da realização de tese de doutoramento intitulada “Arquitectura, sociedade e encomenda: as casas dos roceiros de S. Tomé e Príncipe na metrópole e o apogeu do ciclo do cacau (1880-1922)”, financiado com bolsa de doutoramento atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. As áreas de investigação actuais são a História da Arquitectura e da Cidade contemporâneas, com especial enfoque no período do virar dos séculos XIX-XX.



17 de Abril - 14:30 | Auditório C1.04 - Iscte, Ed2


JOÃO QUINTELA

Da lógica estrutural à poética espacial através dos conceitos de forma-núcleo e forma-artistica


Sobre o Ciclo

O século XIX é muitas vezes entendido do ponto de vista da História da Arquitectura como uma espécie de “catapulta” para o século XX, ou, noutro sentido, como um hiato entre o Iluminismo e o Modernismo. No entanto, neste século de rápidas transformações e numa Europa palco de uma verdadeira revolução industrial, política, cultural e social, foram feitas algumas das experiências arquitectónicas e urbanísticas mais relevantes de sempre, protagonizadas pelos que então procuravam responder a uma sociedade em ebulição. Estações ferroviárias, óperas, museus e prisões são apenas alguns dos novos programas a que havia que dar resposta, ao mesmo tempo que se procurava criar um novo modelo de cidade. 


Século XIX Revisitado consiste num conjunto de cinco conferências que procura abarcar a complexidade deste período, reunindo investigadores tão notáveis como Maria Pia Fintana, Miguel Mayorga, Eliana Sousa Santos, Ana Vaz Milheiro, Júlia Varela e João Quintela. Centrando a discussão em cinco temas principais – de Lisboa ao Brasil; do Palacete Leitão ao plano para Barcelona, de Gotfried Sempe a Banister Fletcher – procura-se analisar os modelos propostos, não apenas do ponto de vista histórico, como também a partir de um olhar contemporâneo, aferindo a sua eventual actualidade e vigência. Marta Sequeira – que apresentará cada uma das sessões e moderará o debate final com o público – é a curadora deste ciclo, organizado no âmbito do Curso de Mestrado Integrado em Arquitectura do Iscte Instituto Universitário de Lisboa em Portugal.


Século XIX Revisitado é aberto ao público em geral, e a entrada é livre.



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