COLÓQUIO INTERNACIONAL Compromissos com o Meio Ambiente
50 anos da Conferência de Estocolmo (1972-2022) _____ 3 - 4 Junho 2022 Iscte - Instituto Universitário de Lisboa
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Em tempo da “cruel pedagogia do vírus” (Boaventura Sousa Santos), acreditamos no conhecimento enquanto objectivação dos desafios globais, ferramenta para dar oportunidade ao planeta e para repensar o nosso papel enquanto seus habitantes tal como pedia Miguel Delibes no seu discurso “El sentido del progresso desde mi obra”.
Assumindo a “história como sistema” (José Ortega y Gasset) e cientes da contemporânea “ética da vulnerabilidade” (Emilio Martínez) o colóquio Compromissos com o Meio Ambiente. 50 anos da Conferência de Estocolmo (1972-2022), celebrando os 50 anos da declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972, procurará perspectivar o meio ambiente humano.
Partindo da paragem imposta e “forma quase subversiva de interpretar o mundo” (José María Lassalle), interrogando o modelo civilizacional e a ecologia política (Bruno Latour) e resgatando conceitos operativos como “civics” (Patrick Geddes), “auto-suficiência” (Leberecht Migge), “continuum naturale” (Francisco Caldeira Cabral), “paisagem global” (Gonçalo Ribeiro Teles), “antropoceno” (Eugene F. Stoermer e Paul Crutzen) desafiamos investigadores a apresentar estudos e projectos que coloquem em questão a habitabilidade do território em termos ambientais.
Valorizando a “imaginação cívica” (Henry Jenkins et al.) e o activismo da “escultura social” de Joseph Beuys, o “realismo traumático” (Hal Foster) de Ugur Gallenkus, e o “sublime tóxico” (Debora Bright) de Eduardo Leal, o colóquio procurará captar contributos de uma visão holística da crise ambiental e da relação Natureza e Cultura.
No âmbito alargado do campo disciplinar da Arquitectura e do Urbanismo, instigando à socialização de inquietações, de dúvidas e de aspirações, o colóquio promoverá reflexões em torno das culturas de habitar o território em diferentes escalas, através de contribuições de áreas (Geografia, Paisagem, Ecologia, Antropologia, Filosofia, História, Património, Arte, Cultura Visual) que ajudem a problematizar e a re-inventar a preservação do meio ambiente.
Reivindicando o direito ao meio ambiente, lança-se assim o desafio para o envio de propostas centradas nas seguintes abordagens:
a) performances integradas da arquitectura, do urbanismo e de áreas conexas
b) produção artística, activismo, cultura visual e mass media
c) historiografia, quadro conceptual e textos seminais
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